Morro da Conceição, no Rio de Janeiro

Por: Priscylla da Fonseca

Quando passamos pelo centro da cidade do Rio de Janeiro não imaginamos o que está escondido por detrás dos edifícios, muito menos pensamos na história da cidade. Ela não é maravilhosa só por causa das lindas praias, clima tropical, chopinho gelado, samba e futebol. A cidade é maravilhosa também na sua história.
Extraído do Google Maps

Desde que comecei a ter contato com a história do Rio, venho tendo uma surpresa atrás da outra, e a última delas foi o Morro da Conceição.  Já tinha ouvido falar do lugar, mas confesso que não tinha a menor ideia de onde era.

Descobri que não é um ponto muito alto (tem +- 230m) e se esconde no bairro da Saúde, na Zona Portuária, bem ali na Praça Mauá. A sua ocupação começou lá atrás, na época do Brasil Colônia, no final da década de 1590. Tem várias entradas, mas a mais fácil é pela Rua Camerino, pelos Jardins Suspensos do Valongo, construído em 1906. Nele temos as estátuas de deuses gregos que adornaram o Cais da Imperatriz, que ficava ali perto, bem como a Casa da Guarda que tem uma exposição permanente.

A outra entrada é pela Pedra do Sal. O local tem este nome porque era por ali que os escravos que trabalhavam no porto desembarcam o sal vindo de Portugal. Mas este não é o único atrativo do local, que também foi um dos berços do samba, onde os escravos se reuniam no final do dia para relaxar. E pelo jeito a tradição continua, pois toda segunda-feira, para quem curte um bom sambinha, qualquer pessoa pode se chegar para apreciar a boa música.

Lá em cima do morro construíram dois mirantes. Um pequeno voltado para a Baia de Guanabara, com uma vista de perder o fôlego. Dá para sonhar e imaginar o que deveria ser aquela vista quando não tinha prédio nenhum na frente. De lá se pode ver um dos maiores painéis de grafite da cidade, pintado pelo conhecido Toz. E tem outro mirante maior do outro lado, voltado para as montanhas, donde ao fundo se vê o Corcovado. Simplesmente lindo!

Nas andanças pelas ruelas vemos casas antigas, com azulejos portugueses, e muitos ateliês de artistas que ali se instalaram devido à quietude do lugar. Tem, também, a Fortaleza de Nossa Sehora da Conceição, que pode ser visitada desde que se faça uma reserva prévia, o Palácio Episcopal, onde atualmente funciona o Serviço de Cartografia do Exército, o Observatório do Valongo, que é uma unidade da UERJ, e a Igrejinha de Nossa Senhora da Conceição, que deu nome ao morro. A festa em homenagem a santa acontece no dia oito de dezembro. Vale checar a programação do local, dizem que a festa é linda. 

Recomendações para o passeio: Vá com sapatos confortáveis. No inverno carioca é bom levar um casaquinho, pois lá em cima venta bastante. Leve água e algum lanche, já que lá não tem comércio.  
Como é um local de residências particulares, é de bom tom não fazer muito barulho, e pedir licença antes de fotografar a casa de alguém, já que a gente passa na altura das janelas das casas das pessoas.  

Divirtam-se!
Priscylla da Fonseca

Priscylla da Fonseca é guia da cidade do Rio de Janeiro, com registro Embratur.
Contato whatsapp: + 55 (21) 99311-4419

Comentários

  1. Que cosia linda !!! Vontade de visitar mais o Rio nestes lugares...Ha akgum passeio guiado ?

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